As bibliotecas públicas devem recuperar a sua missão social e se concentrar em ajudar os grupos mais desfavorecidos.
Alemanha, Brasil, Espanha, Estados Unidos são países onde já é possível encontrar serviços bibliotecários orientados a pessoas que estão buscando emprego ou ainda aos empreendedores e autônomos, especialmente aos jovens quando o objetivo é oferecer recursos e ferramentas para ajudá-los e apoiá-los a enfrentar o mercado de trabalho cada vez mais competitivo e em busca de pessoas criativas e capacidades inovadoras.
Trata-se de uma questão cultural que está por detrás dos indicadores sociais do desemprego e então a biblioteca ressurge com destaque e mostra o seu papel efetivo como uma instituição agente que pode e deve contribuir para a coesão social.
Depois de ler algumas coisas em fóruns da internet, resolvi escrever um post como sugestão inspiradora aos colegas bibliotecários que gostam e desejam pensar a biblioteca “fora da caixa”, assim que fica o registro como uma maneira de estimular profissionais de bibliotecas a criar e empreender ações sustentáveis para ampliar o protagonismo da biblioteca na sua comunidade.
#O que se observa e que pode ser feito a partir das páginas web ou blog das bibliotecas públicas ou dos terminais de consulta:
- Serviço de recompilação documental sobre notícias e informações relevantes sobre oportunidades de trabalho e capacitação;
- Organizar um espaço onde a informação esteja classificada em: orientação; profissões; encontrar um emprego; vida profissional; concursos públicos.
#Nos espaços físicos podem ser organizados diferentes cursos, oficinas e palestras para:
- A descoberta profissional – conhecendo profissões;
- Capacitação – divulgação e realização de cursos de curta duração e com saída laboral;
- Conhecimento e utilização de ferramentas e recursos para busca de emprego;
- Conhecimento de empreendedorismo e mundo do trabalho;
- Assessoria para criar plano de negócios, educação financeira;
- Modelagem de negócios;
- Iniciação as start-ups;
Seria interessante que as bibliotecas públicas brasileiras possuíssem um espaço ou serviço sobre informação e emprego, considerando ainda as necessidades de informação especializadas para os imigrantes e emigrantes.
#O que considerar:
- A biblioteca pública é um lugar excelente por sua neutralidade para desenvolver muitos tipos de serviços, deve ser inclusiva;
- É necessário cooperar com entidades de forma sistematizada e baseada em acordos, convênios, parcerias;
- A mediação humana é fator básico nas bibliotecas;
- Os cursos e oficinas devem ser personalizados sempre conhecendo o perfil dos usuários;
- Principalmente: Nunca esqueça de avaliar as ações que se desenvolvem para ver e ter evidências da efetividade e do impacto que tem para a sociedade.
O assessoramento pode ser individual ou em grupo, dependendo do espaço físico e dos equipamentos disponíveis. Obviamente nem todas as competências são obrigatória de bibliotecários. Ora, se estamos na era das cooperações, é esse o momento de buscar pessoas e entidades parceiras( setor de informática, de recursos humanos, de empreendedorismo, de capacitação profissionalizante) para colaborar nos projetos que se pretendem executar.
Além de realizar as atividades é preciso divulgá-las e animar a comunidade a participar. Assim, é sempre bom promover palestras, fóruns, debates, encontros profissionais entre empresários e jovens em busca de emprego. É realmente pensar a biblioteca como um espaço interativo e de encontro.
Visão e crítica de Thiago Giordano Siqueira
Matéria Compartilhada e completa em: https://thiagoteca.wordpress.com/2015/09/14/biblioteca_publica_e_emprego/
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