quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Bons Exemplos de Projetos para Atrair Público a Biblioteca

Nós do Muito Mais que Livros defendemos que a Biblioteconomia vai muito além de organizar livros em prateleiras e o ambiente perfeito para demonstrar essa versatilidade é a Biblioteca. Nesse ambiente é possível realizar diversas atividades  diferentes que incentivem a leitura.

Por isso nós decidimos reunir alguns bons exemplos de Bibliotecas Brasileiras que realizam e transformam a comunidade onde estão localizadas. Afinal a  biblioteca é e deve ser um ambiente de conhecimento, lazer e criação.

Projeto Cinema
Realizar seções gratuitas de cinema é um tiro certeiro, procure selecionar filmes de livros que estão em seu acervo e não se prenda aos clássicos, filmes que acabaram de sair do cinema, continuações ou livros baseados no filme costumam fazer sucesso.  Ah, não se esqueça dos infantis. Aproveite e coloque um expositor com o livro e se for possível convide um carrinho de pipoca ou outro tipo de comida para a ocasião.

Projeto Saúde
Esse projeto é super abrangente e possibilita muitas atividades, convide profissionais e disponibilize o espaço para aulas, palestras e conversas sobre temas de vida saudável. Grupos de apoio, com dicas de dietas, atividades alternativas como Yoga, Meditação, Tai Chi. 

Projeto Empréstimo Além de Livros
A Biblioteca não precisa ser só de livros, proponha empréstimos e trocas de outros itens com a comunidade, cds e dvds antigos, objetos, brinquedos, artesanato, roupas, etc. A ideia é trazê-lo para a Biblioteca e demonstrar que é possível conseguir os itens que precisa, sem gastar dinheiro.







Projeto Jogos
Uma receita infalível para atrair jovens é e sempre foi promover eventos sobre jogos, mas para que dê certo é preciso ficar atento as tendências daquela comunidade. RPGs são ótimos para começar, afinal são livros que são jogos. Promover competições de vídeo game ou até jogos temáticos como o quadribol (na foto) também pode chamar a atenção deles. Caso sua biblioteca tenha um espaço externo promova jogos clássicos de tabuleiro ou de campo.
Projeto Eventos
Esse projeto depende totalmente da sua criatividade e disposição, a ideia aqui é sair do convencional "datas comemorativas" e promover eventos mais interessantes para a sua comunidade. Para crianças, procure trazer os personagens de seu cotidiano, peças teatrais, circo, brincadeiras, incentive grupos da região e ofereça o espaço da Biblioteca para isso. Já para jovens é interessante entrar em contato com os seus ídolos, fazer uma seção de autógrafos ou  encontros para o fã, além dos eventos temáticos como hqs, animes, etc. Já para o adulto, disponibilize o ambiente para reuniões de negócios, pesquisa, conferências e palestras, quem sabe até temas mais culturais, como gastronomia, teatro, empreendedorismo. 
Projeto Aprender
A Biblioteca é um ambiente de saber e porque não utilizar de seu acervo para incentivar o aprendizado, convide professores que precisam de um ambiente para ensinar a utilizar seu espaço, promova aulas para a comunidade como línguas, informática, etc. Disponibilize uma lista de seu acervo nas escolas, universidades ou on line e peça para que os professores e diretores incentivem o aluno a vir ao seu ambiente.
Baseado no texto: http://bsf.org.br/2015/08/04/12-coisas-que-voce-pode-fazer-na-biblioteca-e-nem-sabia/

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Atenção para o Concurso na Unicamp para Técnico Bibliotecário

Atenção para o Concurso na Unicamp para Técnico Bibliotecário

Concurso 9/2016 - PAEPE - Profissional de Apoio Tecnico de Serviços

FCA

Inscrições: 22/02/2016   a  07/03/2016
Escolaridade: Ensino Médio Completo
Curso(s) de Aperfeiçoamento: Curso Técnico em Biblioteconomia ou de formação profissionalizante em bibliotecas ou serviços de documentação, informação e pesquisa, com carga horária mínima de 60h
Inglês técnico para leitura e interpretação de textos
Noção Básica de Informática (criação de textos, planilhas de cálculo, navegação na internet)
Melhores informações
http://www.siarh.unicamp.br/concurso/VerEdital.jsf?anocon=2016&numcon=9&tipedi=1&seqtip=1 

Outra vaga- Estagiário em Biblioteconomia

Melhores informações:
http://www.dgrh.unicamp.br/portal_processosseletivosestagios/27-2016/abertura/arquivo

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O que devo esperar da profissão de Biblioteconomia?

"Decidi fazer Biblioteconomia o que devo esperar da profissão?". Se você também se faz essa pergunta confira abaixo as dúvidas mais frequentes que recebemos no Muito Mais que Livros:

O que exatamente o Bibliotecário faz? 
Segue uma lista resumida das funções do Bibliotecário, para conferir a matéria completa acesse  Mas Afinal O Que Faz Um Bibliotecário?
  • Preparar e manter políticas que determinam o que é adicionado à coleção, incluindo bases de dados online
  • Escolher e negociar com os fornecedores que comercializam itens para a coleção
  • Determinar quais materiais serão aceitos como doação e reconhecê-los para efeitos de contabilidade
  • Analisar como os usuários utilizam a coleção e demais serviços
  • Determinar quais materiais obsoletos ou não utilizados devem ser removidos da coleção
  • Descrever cada item da coleção em um registro de catalogação para que as pessoas possam encontrá-lo
  • Manter os sistemas de computador sem os quais as bibliotecas não podem funcionar
  • Manter equipamentos de reprodução para todas as gravações de áudio e vídeo, incluindo formatos obsoletos para o conteúdo que não está disponível em formatos mais recentes
  • Aprender a usar a nova tecnologia emergente, a fim de ser capaz de ensinar os usuários
  • Responder às perguntas dos usuários, que podem ser fáceis de responder ou exigir considerável pesquisa
  • Ajudar os leitores de ficção ou literatura a encontrar o que ler em seguida
  • Emprestar materiais de outras bibliotecas para usuários que precisam de algo que a biblioteca não possui
  • Planejar e administrar aulas, seminários, concertos, grupos de leitura, noites de jogos e outros programas
  • Preparar descrições de cargos para as posições em aberto e contratar as pessoas certas
  • Treinar e supervisionar os profissionais associados que trabalham na biblioteca
  • Preparar orçamentos a fim de alocar recursos para manter tudo funcionando
  • Trabalhar dentro da comunidade para promover a biblioteca e seus serviços
  • Manter-se atualizado com a literatura de bibliotecas (que não é tão divertido quanto a leitura de livros!), a fim de acompanhar as contantes mudanças

Como é o Mercado de trabalho?
A Biblioteconomia, ao contrário de muitas outras profissões, se reinventou ao longo dos anos, o Mercado continua pedindo esse profissional, além de empresas privadas existe muita demanda de concursos públicos e estágios.  No link "Biblioteconomia, curso promissor e com o perfil jovem" é possível conferir a opinião de Bibliotecários de sucesso sobre o mercado de trabalho.   
O Bibliotecário trabalha só em Bibliotecas?
Não!!!!! A Biblioteca é uma das mais comuns, porém, outras instituições pedem esse profissional, confira na lista abaixo 30 áreas de atuação:

Emprego e Salário?
A demanda por emprego é grande, recebo muitas mensagens comentando de processos seletivos (públicos e privados) que não foram preenchidos devido a falta de profissionais, muitas ofertas de vagas já são enviadas diretamente a Universidade.
O Piso salarial em São Paulo é de R$ 1750,00. Bibliotecários com experiência de dois anos ganham de R$ 3000,00 a R$ 8000,00, segundo o Sindicato dos Bibliotecários do Estado de SP (Sinbiesp). A nossa página no Facebook já divulgou vagas com valores bem maiores que esse.
Existe pós-graduação na área? Se sim, o que está em evidência hoje, o que seria interessante?
Existe uma série de cursos de especialização e pós lato sensu. Geralmente os bibliotecários escolhem cursos associados a gestão da informação ou documentos. E existe uma série de cursos de mestrado e doutorado, stricto sensu. Geralmente os bibliotecários seguem as linhas de pesquisa da ciência da informação, comunicação, computação, memória social ou engenharia de produção.
Texto baseado na página: http://bsf.org.br/2014/01/03/tudo-que-voce-sempre-quis-saber-sobre-biblioteconomia/

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

06 dicas para transformar a Biblioteca em lugar de criança

Em nosso ultimo post (07 Problemas em Bibliotecas que Afastam Usuários e o que Fazer para isso Mudar?) recebemos inúmeros comentários e sugestões discutindo sobre a importância de criar estratégias visando crianças e transformar o ambiente de leitura em um lugar interessante para elas.

Pensando nessa temática selecionei 06 dicas de profissionais que colocaram crianças como foco dos seus projetos de captação de usuários para bibliotecas, confira a seguir e dê sua opinião:

1. FACILITE O ACESSO AOS LIVROS. 
Comece por facilitar seu acesso, livros localizados em baixo na estante, ambiente colorido e atrativo, além de local para sentar ou deitar fará com que a criança queira ficar mais tempo no ambiente. 






2. COLEÇÃO ADEQUADA

Tivemos muitos comentários sobre a dificuldade em garantir a aquisição desses livros, muitas Bibliotecas não tem recurso financeiro para acompanhar as novidades literárias. 
Para resolver procure entrar em contato com fundações, autores e editoras e peça doações. Mantenha um bom relacionamento sugerindo o espaço para eventos e apresentações de seus livros.  Promova também eventos de troca e doação de livros com a comunidade.  

3.CONVIDE À LEITURA. 
Se preocupe em identificar o gosto da criança para assim apresentar outras opções da mesma temática. É interessante também manter próximos os livros "iguais" facilitando o interesse e acesso da criança.




4.NÃO SE ESQUEÇA DOS ADULTOS. 

É comum as bibliotecas se esquecerem de separar um local apropriado ao adulto acompanhante. Esse ambiente precisa ser confortável e estar próximo a criança. Que tal colocar uma maquina de café e indicar livros ao adulto?




5. PROMOVA EVENTOS. 
Através daquelas parcerias sugeridas no item 02 promova eventos adequados as crianças, convide autores e editoras para apresentarem seus livros, além de apresentações teatrais, circenses e contação de histórias. Convidar personagens infantis também é uma boa opção.
Aproveite as datas comemorativas, convide fundações assistenciais e iniciativas culturais da cidade para usar o espaço da Biblioteca. 

6. APOSTE NAS REDES SOCIAIS. 

As redes sociais podem te ajudar a divulgar as atividades da Biblioteca, aposte em criar páginas e convide os usuários a acessá-las e divulgá-las, coloque conteúdos interessantes, dicas de leituras e agenda de eventos. Existem páginas destinadas a crianças, procure saber se é possível fazer parte delas.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

07 Problemas em Bibliotecas que Afastam Usuários e o que Fazer para isso Mudar?

O que faz uma pessoa decidir NÃO ir a uma Biblioteca? 

Por que a Biblioteca deixou de ser atrativa?

O que devemos fazer para esse cenário mudar?



1- Coleção obsoleta 


Não acompanhar e adquirir os lançamentos literários ou seus maiores sucessos (normalmente são resultado de cortes no orçamento). 
Além de pressionar a administração a adquirir os livros do "momento" o Bibliotecário pode sugerir / recomendar títulos que tem temas parecidos com os procurados, montar exposições ou até destacar os livros nas prateleiras com indicadores fluorescentes.
2- Computadores Obsoletos

Sim, é verdade ... muitas bibliotecas continuar a operar com computadores antigos ou ainda sem funcionamento.
A solução (além de encomendar um novo equipamento, obviamente) encontrar maneiras de incentivar ao usuário a trazer seus próprios dispositivos para a biblioteca, disponibilizando Wi Fi gratuito, ajuda para aperá-los e material de apoio, como carregadores, pen drive, etc..
3- A falta de interesse em ir até a Biblioteca 
Talvez a distância seja uma das razões para poucos usuários. 
Solicitar a prefeitura da cidade locomoção gratuita ou mais veículos que passem pela biblioteca. Outra forma é promover eventos, atrações e até atividades on line para atrair o usuário "preguiçoso".
4- Não sentir necessidade da Biblioteca

Muitas pessoas não estão convencidas da necessidade de utilizar a Biblioteca em seu dia-a-dia, esclarecer e divulgar suas utilidades, coleções e soluções, criar novas atividades, atendimento e serviços de acordo com a realidade da cidade em que está localizada podem ajudar a atrair novos usuários.

5- A necessidade do silêncio absoluto
Uma parte importante de utilizadores da biblioteca são daqueles que os utilizam como um estudo, contudo os outros usuários podem ficar incomodados por não conseguir fazer silêncio. 
Separar ambiente ou salas para silêncio com regras bem especificas e divulgadas, deixará os dois tipos de públicos mais confortáveis.



6- Bom atendimento  
Leva anos para construir uma boa reputação e um segundo para destruí-lo e as bibliotecas não estão livres desse problema. Se preocupar com o usuário, estar atento e fazer campanhas de satisfação ajudam a identificar os problemas e solucioná-los.


7- Longas listas de espera para obter um livro
É muito frustrante não encontrar o livro desejado, imagine isso repetidamente. É preciso estar atento ao interesse do público e pedir novas cópias para manter o usuário interessado no ambiente.




Compartilhado de: http://www.julianmarquina.es/10-problemas-y-10-soluciones-para-que-las-personas-utilicen-las-bibliotecas/

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O Bibliotecário, a Promoção da Leitura e a Biblioteca Pública

Iniciativas comunitárias que apostam no poder libertador da leitura são louváveis, mas não eximem os governos de sua responsabilidade de criar uma rede articulada de bibliotecas uma análise por Ezequiel Theodoro da Silva


"Talvez nenhum lugar em qualquer comunidade seja tão amplamente democrático como a biblioteca pública. A única exigência para entrar é o interesse!" - Lady Bird Johnson

Por várias vezes, em diferentes lugares do Brasil e do exterior, afirmei que uma revolução qualitativa da leitura brasileira tem de contemplar, necessariamente, questões relacionadas com a existência de uma rede articulada de bibliotecas e pela ampliação pedagógica do trabalho dos bibliotecários.
Biblioteca Pública de Valencia

Neste texto, retomo, reitero e amplifico esse posicionamento mesmo porque os governos continuamente cometem verdadeiros crimes para escamotear as necessidades de trabalho científico, tecnológico e técnico no âmbito da organização e disponibilização de acervos de leitura para as múltiplas comunidades existentes nas regiões brasileiras.
As duas pesquisas nacionais sobre hábitos de leitura do povo brasileiro, publicadas com o nome "Retratos da Leitura" (ver http://www.prolivro.org.br/ipl/publier4.0/texto.asp?id=48 ), mostram que 34% da população nunca foi a uma biblioteca; nas classes D e E, esse percentual sobe para 49%. Esses indicadores mostram a imensa distância que existe entre a casa do cidadão e os espaços formais onde se tem acesso à cultura escrita.

Inexistentes ou anacrônicas 
Tais "retratos", em verdade, apenas fazem redundar o óbvio no que se refere às bibliotecas: ou elas inexistem ou estão paradas no tempo ou ficaram apenas nas intenções, sem nunca terem sido organizadas e postas a funcionar condignamente. Em que pesem os cursos de biblioteconomia e de ciências da informação, a mostrar, de forma escancarada, que existe profissional graduado e habilitado para atuar na sociedade, a atitude das autoridades tem sido a de fuga ou de esquiva da responsabilidade, deixando que as comunidades "se virem" no que se refere à convivência com livros e outros suportes de escrita.

Recentemente, telefonou-me uma repórter de um jornal curitibano para perguntar o que eu achava de uma experiência de formação de uma biblioteca comunitária. Disse-me ela que os catadores de lixo da cidade tinham "catado" livros e revistas e fundado uma biblioteca para o segmento de catadores de lixo. Louvei a iniciativa, informei que os livros poderiam expandir os horizontes de mundo dos catadores de lixo etc., etc., mas, quando disse que era o governo que deveria organizar e manter as bibliotecas, a repórter entrou em parafuso, achando que não dera a devida importância à iniciativa grandiosa daquela comunidade.
Biblioteca Pública de Kansas

Essa experiência com a "biblioteca catada" não é muito diferente de outras que conheço pelo Brasil, como borracharia-biblioteca, baú-biblioteca, peixaria-biblioteca, boteco-biblioteca, jumento-biblioteca etc., enaltecidas e espetacularizadas pela mídia como soluções absolutas para o problema da nossa vergonhosa situação nessa área. Numa análise mais fria e crítica e sem querer de maneira nenhuma desmerecer as iniciativas do borracheiro, do peixeiro e/ou do dono do jumento, o que vemos, de maneira reiterada, é a escamoteação dos governos, no passar dos anos, com aquilo que é mais do que claro, cristalino e evidente: que sem bibliotecas na real acepção da palavra e sem gente especializada, formada em biblioteconomia, para dinamizá-las profissionalmente, continuaremos incentivando os arremedos e, pior, curvando-nos à fuga de responsabilidade pelas esferas governamentais.

"Melhor isto do que nada", dirão as más línguas. E talvez a minha própria língua já tenha dito isto à luz das possibilidades libertárias dos processos de leitura em si: o fenômeno de que a leitura autônoma pode levar à emancipação das pessoas e gerar a consciência das necessidades. Esse processo pode ser mais bem conhecido através da leitura do livro O queijo e os vermes - o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido, de Carlo Ginzburg (Companhia das Letras, 1987). Entretanto, o crescimento do número de livros desses acervos comunitários, a diversificação dos suportes da leitura, a organização, preservação e recuperação das obras, a sofisticação dos serviços de apoio aos usuários, a seleção de livros de interesse da comunidade em seus segmentos (infantil, adulto, 3ª idade) impõem, necessariamente, a presença de serviços especializados para fazê-los. E daí a esperança de que o profissional bibliotecário possa ser envolvido para cuidar dessas tarefas e encaminhar os trabalhos de maneira objetiva e embasada nos saberes sistematizados, oriundos da área de biblioteconomia.

Os estereótipos em torno da figura do bibliotecário são também escaramuças para se esquivar da responsabilidade de sua contratação para trabalhos em diferentes tipos de bibliotecas, principalmente as escolares e as comunitárias. De fato, ao longo da nossa história e sendo muito fortalecida após a década de 1960, foi construída a imagem do bibliotecário como um trabalhador insensível, normatizado e normativista, catalogador de livros, controlador do silêncio dos espaços, estafeta dos castigos escolares, que em muito contribuíram para a sua "dispensa" no momento de constituição e de desenvolvimento das bibliotecas. 

A briga de Darcy Ribeiro 
Recordo-me, por exemplo, das grandes escaramuças entre Darcy Ribeiro, trabalhando para o governo Brizola no Rio de Janeiro (1983-1987), e a classe dos bibliotecários, com aquele afirmando que estes nada tinham a contribuir com a educação pública e com os CIEPs então estruturados. Tal estereótipo, infelizmente, ainda está muito presente no imaginário de muitas autoridades brasileiras, mas convém perguntar a quem esse estereótipo está servindo realmente... No meu ponto de vista, ele também serve à política de esquiva que vem sendo adotada pelos governos em relação à implantação de bibliotecas municipais, escolares e comunitárias neste país. 

Quer dizer, em se tratando de bibliotecas, sempre se dá um jeitinho e dentro desse jeitinho o bibliotecário nunca está incluído!
Para não colocar o bibliotecário como "vítima" de uma história meio ao contrário, acredito ser também importante uma visada crítica para dentro dos cursos de biblioteconomia ou de ciências de informação, oferecidos por diferentes instituições de ensino superior. Com o fim das habilitações, são raros os cursos que desenvolvem uma base adequada de conhecimentos e práticas para atuação que não seja em centros de informações e/ou empresas. 

A realidade escolar e as realidades comunitárias não são refletidas e discutidas ou então são tangencialmente tratadas, fechando o círculo vicioso de que o governo não contrata bibliotecários para as escolas e comunidades e, portanto, não existe por que tratá-las durante o período de formação básica. Daí que, quando da necessidade de profissionais para trabalhar nas bibliotecas escolares, ajeita-se, às carreiras, uma oficina rápida para que professores ou membros de uma comunidade recebam dois pingos de biblioteconomia para "tomar conta da biblioteca".
Biblioteca pública de Birmingham

Em recente visita que fiz a minha cidade natal, cruzei com a filha de um amigo que, sei, possui tão somente o diploma do ensino fundamental. Portanto, sem ensino médio e muito menos o superior. Depois dos apertos de mãos e dos abraços, perguntei o que ela vinha fazendo. Ela me disse que era a responsável pela biblioteca da faculdade local e me pedia, naquele instante, que eu enviasse os meus últimos livros porque os professores e alunos tinham muito interesse nos meus escritos.

Um navio à deriva 
Ora, sem querer desmerecer a escolaridade dessa conhecida e sua dedicação à biblioteca, fiquei perguntando se uma biblioteca de ensino superior poderia ser responsavelmente organizada e dinamizada por uma pessoa tão jovem e com formação leiga ou muito precária. Vê-se, aqui, mais um episódio desta comédia tragicômica chamada "biblioteca brasileira". Sei, também, por exemplo, que falar para muitos prefeitos sobre a necessidade de contratação de bibliotecário é estar disposto a ouvir impropérios de volta.

Finalizando esta reflexão, creio que a melhor imagem da problemática das bibliotecas no Brasil seja a do filme E la nave va, de Federico Fellini. De fato, igual ao infindável problema da leitura no país, "haja paciência" para tanta contradição, para tanto descaso, para tanto cinismo. Se considerarmos uma biblioteca como um lugar para o qual constantemente nos dirigimos a fim de incrementar a nossa humanidade, então cabe indagar se a falta de humanidade em solo nacional, reiterada pela mídia todos os dias, não tem uma relação com a ausência e falta de bibliotecas em solo brasileiro.

Texto Compartilhado de http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/153/artigo234706-1.asp e escrito por Ezequiel Theodoro da Silva é professor colaborador voluntário junto à Faculdade de Educação da Unicamp. Foi Presidente da Associação de Leitura do Brasil (ALB) de 1982 a 1986 e de 2007 a 2008. Foi secretário municipal de Cultura, Esportes e Turismo e secretário municipal de Educação de Campinas na década de 1990.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

23 pessoas ilustres que eram Bibliotecários e você nem imaginava!

Você é uma daquelas pessoas que tem o esteriótipo do Bibliotecário velhinho, corcunda e sentado atrás de uma mesa o dia todo? Então esse post foi feito especialmente para você. 
Houveram muitos bibliotecários ao longo da história que mudaram o mundo, esses usavam a profissão como refúgio para criar suas grandes obras ou decidir seus grandes feitos. Para se ter uma ideia, imagine que em 1969 você entraria em uma Biblioteca e conversaria com  Stephen King em meio as estantes.
Confira abaixo 23 ilustres que eram Bibliotecários e mudaram o mundo:

Líderes mundiais:

Papa Nicolau V (1397-1455)

 Papa Nicolau VTommaso Parentucelli nascido em Sarzana. Durante a sua estada em Florença, ele trabalhou como bibliotecária de Cosimo de Medici, cacique local, famoso. Seja um bibliotecário para um chefe local famoso florentino renascentista significava ser responsável pelo aumento do padrão de coleção de manuscritos, feito à ordem de confisco, as doações obrigatórias e pilhagem de bibliotecas sagrado ou profano. Como o Papa iniciou a coleção da Biblioteca do Vaticano com a sua própria coleção de 350 manuscritos; sua morte, a biblioteca tinha 1.500.

O Papa Pio XI (1857-1939)

 O Papa Pio XIEle era bibliotecário antes de o papa. Em 1907 e 1911 ele era prefeito da Biblioteca Ambrosiana, em Milão. Mais tarde, em 1918, foi Vice-Prefeito da Biblioteca do Vaticano, em 1922, até que foi eleito Papa.

Benjamin Franklin (1706-1790)

 Benjamin FranklinO cientista político e inventor. Ele é considerado um dos fundadores dos Estados Unidos. Em 1731, ele participou da fundação da primeira biblioteca pública na Filadélfia, e por alguns meses trabalhou nele como um bibliotecário (no mesmo lugar que eles estavam elaboração e impressão do papel, prateleiras com livros e algumas mesas onde a leitura o jornal, que é cobrado para a entrada, ou uma taxa periódica para acessar "taxa fixa", também cobrada para cada trabalho a título de empréstimo).

Mao Tse-Tung (1893-1976)

 maoTambém é conhecido como Mao Zedong era o líder do Partido Comunista da China (PCC) ea República Popular da China. Mao viajou com seu professor do ensino médio e seu pai futuro, Professor Yang Changji, a Pequim. Quando Yang obteve uma posição do corpo docente da Universidade de Pequim. Graças às recomendações de Yang, Mao trabalhou como assistente bibliotecária na universidade desde 1918 e ler, entre outros, Bakunin e Kropotkin.

Golda Meir (1898-1978)

 Golda MeirGolda Mabovitch, nascido em Kiev (Ucrânia). Ela era a filha de um carpinteiro judeu modesto da parte ocidental do Império Russo, que emigrou para os Estados Unidos em 1906. Ele estudou na Faculdade de Milwaukee Escola e também trabalhou lá em sua biblioteca pública. Em 1919 mudou-se para a Palestina, onde trabalhou para levantar fundos para criar o Estado de Israel. Ele tornou-se primeiro-ministro de Israel, em 1969.

Mohammad Khatami (1943 -)

 KhatamiKhatami é considerado o primeiro presidente reformista do Irã foi o quinto presidente do Irã e ex-ministro iraniano da Cultura. Ele foi diretor da Biblioteca Nacional do Irã 1992-1997.

Escritores:

Jacob (1785 - 1863) e Wilhelm (1786 - 1859) Grimm

contos hermnaosOs irmãos Grimm para apoiar a família começa a trabalhar como bibliotecários da Universidade de Marburg, onde eles escrevem suas primeiras e bem-sucedidos livros de coleções de contos de fadas. Em 1829 e 1830, respectivamente deixar bibliotecários trabalham em Marburg e começar a trabalhar como bibliotecários, também da Universidade de Goettingen, até 1841, quando expedientan-los através da assinatura de um manifesto de conteúdo político. Há trabalhando em uma enciclopédia alemã monumental inacabado.

Giacomo Casanova (1725-1798)

casanovaA venturero, escritor, diplomata e agente secreto Venetian.Exilados 60 anos conheceu o Conde de Waldstein, que se ofereceu para executar uma biblioteca, em 1782 ele aceitou o cargo de bibliotecário Castelo de Dux, na Boêmia, onde ele começou a escrever as memórias de sua vida.

Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832)

GoetheRomancista, dramaturgo, poeta, cientista, humanista, filósofo, bibliotecário e membro do Tribunal de Weimar, a Glória Nacional Germânico de Letras. O biblioterca princesa Anna Amalia de Weimar, que dotado de melhor coleção do mundo de obras de Goethe. Esta biblioteca queimada na noite de 02 de setembro de 2004.

Lewis Carroll (1832 - 1898)

Lewis CarrollO autor de Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho, o verdadeiro nome de Lewis Carroll era o Charles Lutwidge Dodgson.Dodgson cresceu em Cheshire e Yorkshire, Inglaterra, e depois de se formar a partir de Oxford em matemática, tornou-se um sub-bibliotecário da Christ Church Cathedral, Oxford. Ele deixou o cargo em 1857 para se tornar um professor de matemática.

Ruben Dario (1867 - 1916)

Ruben DarioEle era um poeta, jornalista e diplomata nicaragüense, líder do modernismo literário de língua espanhola. Quando se mudou para Managua, não ganhou o seu primeiro emprego permanente na Biblioteca Nacional.

Marcelino Menéndez Pelayo (1856 - 1912)

Menendez PelayoEle era um escritor, político e acadêmico espanhol. Ele foi eleito membro da Real Academia Espanhola (1880), Membro do Parlamento (1884-1892), nomeado para o Prémio Nobel em 1905, membro da Real Academia de la Historia em 1882, com o histórico discurso considerado poesia. Esta instituição foi bibliotecário desde 1892 e diretor desde 1910. Ele entrou para a Academia Real de Ciências Morais e Políticas, em 1889, e da Real Academia de Belas Artes de San Fernando, em 1892. Finalmente, a partir de 1898 até sua morte em 1912, foi diretor da Biblioteca Nacional de Espanha, a decorrer em posição de Manuel Tamayo y Baus.

León Felipe (1884-1968)

leon felipePoeta espanhol. Em 1922, ele viajou para o México com uma carta de Alfonso Reyes que abriria a porta para o ambiente intelectual mexicano. Ele trabalhou como bibliotecária em Veracruz, antes de ser professor de literatura espanhola em várias universidades americanas.

Jorge Luis Borges (1899-1986)

Jorge Luis BorgesEscritor argentino eo homem universal, que com as suas obras contribuíram para a expansão da língua espanhola e da literatura latino-americana.
Em 1937, aos 38 anos, ele começou a trabalhar como um segundo auxiliar na biblioteca Miguel Cane, um anexo à Biblioteca Municipal Bons ares. Em seguida, ele será promovido a assistente de primeira. Em 1955 Borges foi nomeado para sua surpresa, diretor da Biblioteca Nacional, então tinha 56 anos.

Gloria Fuertes (1917-1998)

FuertesPoeta espanhol (ele não gostava de ser chamado de poeta). Ele estudou na Biblioteca do Instituto Internacional (possivelmente a primeira biblioteca moderna Madrid). Ele organizou uma biblioteca infantil que viajam para as aldeias, e 1958-1961 trabalhou como bibliotecário no Instituto Internacional.

Mario Vargas Llosa (1936-)

Vargas LlosaSeu primeiro emprego foi na Biblioteca Nacional do Peru era bibliotecário do Clube Nacional de Lima entre 1955 e 1958.

Stephen King (1947-)

Stephen KingEscritor americano de grande sucesso, autor de vários romances de gênero da fantasia. Em 1969, ele trabalhou na biblioteca da Universidade de Maine, onde conheceu sua esposa, Tabitha Spruce, que foi, então, a trabalhar lá como estagiária.

Personagens ilustres

David Hume (1711-1776)

HumeFilósofo empirista escocês, nascido em Edimburgo, ele se matriculou na Universidade com a idade de 12, na sua lei como dirigido por seu pai. Ele não terminar a corrida, ele abandonou a faculdade e passou a trabalhar em uma loja, enquanto estudava em casa à noite. Em 1734 ele foi para a França, onde escreveu o seu primeiro livro, o "Tratado sobre a Natureza Humana", publicado em 1739 com uma má recepção de público e crítica. Ele escreveu depois dos "julgamentos morais e políticas", ele trabalhou como tutor em um nobre, foi para a Itália, e em 1752, de volta à Escócia, após a publicação de seus "discursos políticos" tentou obter uma cátedra na Universidade; Eles não receberam um, mas em vez disso tem o bibliotecário trabalho da Ordem dos Advogados de Edimburgo, onde trabalhou até 1757. Trabalho lá escreveu uma "História da Inglaterra" monumental. Não era um filósofo particularente peculiar; Bertrand Russell disse dele "Rousseau era louco, mas era muito influente; Hume estava sã, mas não tinha seguidores. "

Maria Moliner (1900-1981)

Maria MolinerFilólogo espanhol e lexicógrafo. Ele se formou em 1921 na especialidade de História. No ano seguinte, Mary ganhou os concursos para a faculdade arquivistas, bibliotecários e arqueólogos, que está sendo apontado em agosto para o Arquivo Geral de Simancas, a partir do qual passou em 1924, para apresentar à administração fiscal em Murcia e anos mais tarde, thirties adiantados, em Valência.
Na década 1929-1939 foi uma parte muito activa da política de biblioteca. Na década de 40 ele se juntou a Biblioteca da Escola de Engenheiros Industriais de Madrid, tornando-se diretor até sua aposentadoria em 1970.

John Edgar Hoover (1985-1972)

j Edgar HooverAdvogado e político. Ele trabalhou na Biblioteca do Congresso, durante cinco anos, o que contribuiu para a reforma. Aos 29 anos ele se tornou diretor do FBI. Ficou no cargo por 48 anos até sua morte em 1972.

Laura Bush (1946-)

Laura BushEsposa do ex-presidente norte-americano George W. Bush e ex-primeira-dama dos Estados Unidos. Ele estudou biblioteconomia em 1973 e trabalhou na Biblioteca Pública de Houston. Mais tarde, ele também trabalhou como bibliotecária no Dawson Elementary School até 1977.

Bud Spencer (1929-)

Bud SpencerCarlo Pedersoli, famoso ator italiano. Particularmente famoso por seus filmes com Terence Hill. Em 1947, sua família se mudou para a América, e há Carlo-Bud tem vários postos de trabalho, um dos quais era um bibliotecário em Buenos Aires.

Mike Tyson (1966)

Mike TysonPugilista americano profissional, campeão dos pesos pesados. Em 1997, durante a luta contra o campeão Evander Holyfield, Tyson mordeu várias vezes a orelha de seu oponente. Tyson foi para a prisão por um crime de agressão. Na prisão, para reduzir a sua pena por bom comportamento, ele tentou fazer com que a escola de pós-graduação e de trabalho na biblioteca, mas falhou no teste.



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