segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Diversificação é a proposta dessas Bibliotecas
Além do empréstimo de livros, algumas bibliotecas passam a ser agora verdadeiros centros para a mudança social e econômica da população. Chamadas de MakerSpaces, ou espaços de criação, elas agora passaram a se adaptar às necessidades locais.
Duas bibliotecas nos Estados Unidos – a Westport Libray, em Connecticut, e a Fayetteville Free Library, em Nova York – já tem seus MakerSpaces, destinados ao desenvolvimento de projetos que estimulem idéias inovadoras, como oficinas de recuperação de SuperNintendos, aulas de serigrafia e até montagem de maquetes de aviões.
Makerspace em uma biblioteca escolar
Em construção
Iniciativas como essa surgem para por em xeque uma ideia comum, mas errada, a de que as bibliotecas estão com os dias contados. Tanto nos países mais desenvolvidos – onde grande parte da população tem acesso à web -, quanto nos em desenvolvimento – onde há pessoas que nem sabem como navegar -, as bibliotecas estão ganhando usos alternativos.
Talvez as possibilidades de utilização desses espaços sejam ainda mais interessantes nos países considerados subdesenvolvidos. Em Medellin, Colômbia, as unidades “Parque Biblioteca” dão acesso a livros, claro, mas também a e-books e internet. Há na cidade, por exemplo, vários serviços públicos que podem ser realizados pela internet, mas grande parte da população sequer sabe se conectar.
Em Bangladesh, Burkina Faso, Venezuela, Quênia, Uganda, Tailândia, Etiópia e Tanzânia há iniciativas semelhantes, como as organizações Beyod Access, Shidhulai Swanirvar Sangstha e Makaia. Para seus idealizadores, no futuro as bibliotecas devem se tornar centros de conhecimento. Em um primeiro momento, elas fornecerão a base de informações necessária para as pessoas navegarem no mundo virtual. Futuramente, promoverão tecnologias de informação e comunicação para o desenvolvimento de projetos comunitários.
Conheça bibliotecas exemplos:
1. A organização Shidhulai Swanirvar Sangstha, que significa “organização auto-suficiente”, começou, em 2002, a estabelecer bibliotecas e unidades móveis de Internet em barcos ao longo do sistema fluvial de Bangladesh, compartilhando informação e educação.
2. Uma sala de aula ativa em um Barco-Internet móvel da Sangstha Swanirvar Shidhulai.
3. A biblioteca Bereba, no sudoeste de Burkina Faso, tornou-se um centro de atividades educacionais inclusivas. Abriga exibições regulares de filmes sobre AIDS e promove acampamentos de leitura para crianças da zona rural.
4. Uma classe de alfabetização de adultos na Biblioteca Publica de Zulia Maracaibo, Venezuela, que tem desenvolvido uma série de serviços de suporte em tecnologia da informação para fornecer aos cidadãos as ferramentas necessárias para entender e resolver os problemas nacionais a partir de suas próprias perspectivas.
5. Cinco Parques Bibliotecas localizados em algumas das partes mais marginalizadas de Medelim, na Colômbia, estão mudando a vida das comunidades, oferecendo acesso à informação e um espaço comunitário digno de orgulho.
6. Alunos aprendem a usar computadores portáteis na Biblioteca Carlos Castro Saavedra – Tren de Papel, Colômbia.
7. Aula de literatura feminina é dada em um biblioteca de Uganda.
8. A Rede de Informação das Terras Áridas (ALIN, em inglês) tem uma rede de 12 maarifas, ou centros de conhecimento publicamente acessíveis, que chegam a 1,5 milhões de pessoas em regiões remotas do Quênia, Uganda e Tanzânia.
Compartilhado de: http://portaldobibliotecario.com/

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